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A descoberta desta manhã não merece um único qualificativo. É uma pura descoberta, um "ah!" prolongado e suspenso apenas. Quase que não merece descrição, a única possível sairia minguada, desconexa, incompreensível. Por isso, passemos à frente!
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Acordo cedo, sem sono. Então, como sempre, rapo do iPad e ponho-me a deslizar o estilete, ora para a esquerda, ora para a direita, à procura de um interesse.
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Para me deixar maldisposto, rezingão e quezilento não há como os dias de natal. Digo dias, e não dia, porque a imoralidade já permitiu que a moléstia contaminasse os dias, se não as semanas, à volta dela.
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Eu achava que era menino: pensava como um menino, sentia como um menino, corria atrás do bem estar e dos gozos imediatos, procurava chamar a atenção dos outros, acertava o comportamento pelo código da boa conduta, dentro da lei e dos usos, e de uma maneira geral nutria o sentimento de segurança que confere a cada um o pertencer a uma família, a uma cidade, a uma sociedade. Para completar esta premeditada e comprometida meninice, este jogo sujo de parecer um bom menino, acreditei, como me diziam, que até parecia um homem e, para satisfazer as expectativas universais, fiz-me um homem, creiam que me sentia ser um homem, com deveres e responsabilidades, jugo indispensável à quem quer permanecer menino apesar das aparências. Menino adulto, menino adulterado, mas sempre menino.
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É da mais decente conveniência explicar porque é que se começou uma coisa que não existia. Há algum cemitério das coisas que nunca existiram, não existem ou não virão a existir? Não. Então, porquê arranjar chatices a um blog que estava tão em paz no seu não existir? O cemitério dos blogues mortos é incomparavelmente maior do que o cemitério de Arlington.