É da mais decente conveniência explicar porque é que se começou uma coisa que não existia. Há algum cemitério das coisas que nunca existiram, não existem ou não virão a existir? Não. Então, porquê arranjar chatices a um blog que estava tão em paz no seu não existir? O cemitério dos blogues mortos é incomparavelmente maior do que o cemitério de Arlington.
Claro que há uma razão. E eu vou explicar como puder, que a coisa não está fácil. Acredito numa verdade simples: por cada Charlie morto dois charlies se levantarão do solo.
Não sou Charlie mas gostava de ser. O problema é que não tenho jeitinho nenhum para rabiscar. Para mim riscos só se for nos audis saídos no totoloto das finanças.
Comprei uma geringonça que me faz desenhos no iPad. O problema é que é barata e não traz software para nos dar jeito para desenhar. Decidi correr o risco. Hei-de consegui desenhar bisontes tão bem como os nossos antepassados cavernículas. Bisontes não digo, talvez camelos com o seu beduíno pendurado pela arriata. Quando não se perceber, ponho uma enfadonha legenda como fazem os putos: "este é o papá", "esta é a mamã". Talvez me safe. Cá me vou safando a escrever ao correr da pena. Tenho é que arranjar tinteiros de várias cores. Cada coisa a seu tempo. Irei pô-los aqui para vocês me mandarem ovos e tomates.
E, se precisar de outros ingredientes, pedirei afavelmente.
Rui Hebdo
PS*: Agora vai sem boneco. Paciência!...
NB*: Estes textos seguirão, sempre que possível, o desacordo ortográfico. Baril!
* PS quer dizer post scriptum e NB quer dizer nota bene que é tudo em latim e não tem conotações futebolísticas ou sexistas.