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Introdução ao arquivo dos meus postais
As minhas primeiras incursões na Net não me lembro de quando datam. Já não há registos de quando subscrevi uma conta do Blogspot e publiquei os primeiros postais do blogue O Tremontelo que vieram a ser reescritos em 2006. Em Março de 2008, criei numa conta do Multiply (já desaparecido), o site Vale de Moinhos - Tremontelo.
A partir dessa data apareceram o blogue O Lugar e os Monos [ http://lugarmonos.blogspot.com/] com vários subdomínios:
- Neste Lugar [ http://tremontelolugar.blogspot.com/]
- Os Monos [ http://tremontelomonos.blogspot.com/]
- O Sítio do Tremontelo [ http://tremontelositio.blogspot.com/],
- a Bicharada [ http://tremontelobicharada.blogspot.com/],
- A estória [ http://tremonteloestoria.blogspot.com/],
- Filosofemas do Bardo [ http://tremontelobardo.blogspot.com/] e as
- Crónicas do Juvenal [ http://tremontelojuvenal.blogspot.com/].
O primeiro blogue, O Tremontelo [ http://tremontelo.blogspot.com/] , ficou inactivo nesse período até Outubro de 2009, com a publicação do postal Reatando a conversa com o público e os gatos...
Em 2015, a partir dos primeiros dias de Janeiro perdi, por razões de ordem técnica, o acesso ao blogue e só o recuperei em Agosto com a publicação do postal recomeço. Durante esse período, de Janeiro a Abril, postei para o blogue o Bairro Taxa (1948-1958) [https://tremontelo.blogs.sapo.pt/] reflectindo sobre as minhas primeiras memórias de infância.
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O sítio foi instalar-se num terreno no bairro ribatejano com cerca de um hectare e solo argiloso, num clima rigoroso e de extremos, e logo se revelou grande demais para o ter em condições em pouco tempo. O trabalho foi-se fazendo com paciência e dores e, pouco a pouco, começaram a ver-se resultados.
Quis o uso que “sítio” fosse a tradução barroca do hipergótico termo informático site. Literalmente, este site é o sítio do Tremontelo. Sem ele, e sem as outras contas em blogues e redes sociais que o antecederam, o Tremontelo não existiria. Não que o terreno, que, por aquisição, é pertença do autor, seja uma ficção: ele existe de modo inominado, senão de pedra e cal, certamente de argila, sobreiros e geadas, e tem um número qualquer no cadastro camarário. Mas, quando os amigos perguntam “então, como vai o Tremontelo?”, eles não me perguntam pelo terreno, mas pelo maravilhoso que lhe está incrustado: as conversas com gatos, os nomes de estradas e praças deslocados das memórias e hábitos de falar da pequena grande cidade que é Lisboa, o fabuloso espólio de plantas fruto de obsessivo coleccionismo, o seu arranjo arquitectónico em jardim edénico, a luta contra a intempérie e outras contrariedades obscenas, os lugares onde se cruzam o profano e o sagrado, e aquele modo peculiar de existir que é existir para a consciência de alguém.

As minhas primeiras incursões na Net não me lembro de quando datam. Já não há registos de quando subscrevi uma conta do Blogspot e publiquei o primeiro postal do blogue Tremontelo. O certo é que me lembro de andar cá e lá aos fins de semana.
Em 2005, construímos uma pequena casa para passar os fins-de-semana, feriados e férias com mais conforto e, em meados de 2007, quando fiquei desempregado, vim morar para o sítio decidido a transformá-lo, a humanizá-lo, a torná-lo um lugar habitável, saudável e delicioso
Em Março de 2008, criei uma conta no Multiply (já desaparecido), o site Vale de Moinhos - Tremontelo e, a partir de Novembro desse ano apareceu o blogue O Lugar e os Monos. O blogue O Tremontelo ficou inactivo desde essa altura até Outubro de 2009 com a publicação do postal Reatando a conversa com o público e os gatos...
No ano passado, a partir dos primeiros dias de Janeiro perdi, por razões técnicas, o acesso ao blogue e só o recuperei em Agosto com a publicação do postal recomeço. Durante esse período postei para o blogue o Bairro Taxa no Sapo reflectindo sobe as minhas primeiras memórias de infância.
Este novo blogue pretende dar continuidade aos blogues anteriores. Foi activado no menu o item Arquivo que constitui o repositório dos postais mais antigos. Ver o último postal do blogue Tremontelo. |
Portal das Angiospérmicas |
O Portal das Angiospérmicas foi um site consagrado às plantas com flor do Sítio do Tremontelo, devidamente classificadas segundo os critérios do APG III e ilustradas com fotografias. Eram igualmente descritos os cuidados de cultivo e as utilizações das espécies apresentadas. Os assuntos do Portal das Angiospérmicas, actualmente descontinuado, foram integrados neste site nos itens de menu Os Processos e Inventário.. | |
Outros blogues |
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in O Sítio do Tremontelo
Veja o que é um blogue. Saiba o que é o blogue "O Sítio do Tremontelo". Descubra o porquê de Sítio do Tremontelo. Clique nas teclas da "concertina" para obter a resposta.
O que é um blogue?
Um blogue ou blog é, literalmente, um "diário" efectuado na rede (web+log). O termo log é frequentemente utilizado em informática para significar o registo efectuado pelo computador, para efeitos de auditoria e de diagnóstico de problemas, de todos os eventos ocorridos na sessão de um utilizador, desde a sua abertura (log-in) até ao seu encerramento (log-out).
Desde Fevereiro de 1995, Jorn Barger vinha publicando no sítio Robot Wisdom os seus ensaios em áreas como literatura, história, ciência e tecnologia. Dezembro de 1997 é o marco que assinala o aparecimento explícito do primeiro blogue, o Robot Wisdom Weblog, onde Barger publicava todos os dias entradas na expectativa de encontrar uma audiência que partilhasse os seus interesses. O termo blog foi cunhado em Abril de 1999 por Peter Merholz que, por brincadeira, separou o termo original em "we blog" ("nós blogamos") e, assim, deu origem à acepção verbal do termo blog, o blogar.
O que é um blogueiro e o que é a blogosfera?
Um blogueiro (blogger) é um autor de blogue e ao mundo dos blogues chama-se a blogosfera. Para se ver a sua dimensão, estima-se que há mais de uma centena de milhões de blogues e que são criados mais de 100 mil a cada dia que passa.
O que é um artigo
Um artigo é um registo diário no blogue que exprime emoções, sentimentos, pensamentos, desejos, intenções ou o esvaziamento interior e a ausência de estados anímicos, que regista eventos, verifica factos, comenta situações, expõe ideias, critica outras, argumenta, ironiza, e é escrito no sentido de captar o interesse do seu possível auditório e receber o seu comentário. Utilizo o texto com algum cuidado e preferência e a imagem com propósitos ilustrativos. Não é meu hábito a introdução de faixas sonoras ou vídeo.
{slider title=" Em que consiste o blogue O Sítio do Tremontelo" class="icon"}
Este blogue é um "diário" da ("minha") vida no Sítio do Tremontelo. É o lugar onde eu habito, convivo, penso, sinto e me emociono.
Uma visão superficial de toda a escrita recuperada desde 2006 permite ver que estabeleço um paralelismo constante, por analogia ou por contraste, entre experiências subjectivas e estados do mundo e como umas e outras interagem para se transfigurarem. A escrita é sempre feita através do corpo, com dores, suores, persistências, que acredito ser o único espaço de interacção entre o interior e o exterior e de comunicação com os outros. Os outros são aqui definidos como "pessoas" e tanto podem ser outros seres humanos, gatos, aves como pessoas que se suportam fisicamente no cérebro do autor.
Quantas edições teve o blogue?
O blogue O Tremontelo apareceu em 14 de Fevereiro de 2006, assinado com o pseudónimo de O Perdido, com o postal "Ahi quanto a dir qual era e cosa dura...".
Em Março de 2008, movi-me para o Multiply onde criei o blogue Vale de Moinhos - Tremontelo.
Em Novembro do mesmo ano, o Rodrigo apresentou o seu novo blogue o Lugar e os Monos.
Em 27 de Outubro de 2009, retomei o blogue O Tremontelo com o postal "Reatando a conversa com o público e os gatos...". O blogue O Mercado Municipal de Santarém apresentava, de Outubro de 2008 a Fevereiro de 2009, alguns dos afamadérrimos painéis de azulejo do dito mercado, ilustrados com a pena inspirada de vários bloggers amigos.
O Tremontelo - O Bairro Tacha (1948-1958), no Sapo, entre Janeiro e Abril de 2015, revia uma década da vida suburbana de Lisboa, nos lugares de infância do autor. A actual versão contém os artigos (ou blog posts) do blogue publicados a partir de 7 de Janeiro de 2016.
Um Sítio o que é?
Deliberadamente, estabeleci uma confusão entre o termo sítio utilizado em informática (site) com o termo usado no Brasil (sítio) para designar uma propriedade rural de área inferior a uma fazenda - uma quintinha, digamos. Acho que a razão para o ter feito foi bem explicada no artigo Volta a ser notícia o Tremontelo.
{slider title=" Mas, afinal de contas, o que vem a ser o Tremontelo?" class="icon"}
Tremontelo é o nome do tomilho selvagem e o porquê da adopção deste nome já foi explicado no artigo Porquê Tremontelo?
Quem é o Perdido?
A alcunha do autor é "o perdido" ... talvez porque se perca por veredas não exploradas, ao blogar, e, errando, anda por aí, para cá e para lá, ao sabor do vento, da inspiração e da sorte.
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Αρχάς είναι των όλων ατόμους και κενόν, τα δ’ άλλα πάντα νενομίσθαι (Demócrito)
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Aqui começa o Sítio do Tremontelo | A máquina de coser memórias | ||||||||
Na área do Sítio do Tremontelo descrevo o sítio físico que deu o nome a este sítio virtual. É um conjunto de páginas relativamente estáticas que narra a descoberta do local no seu estado abandonado e o esforço que tem sido feito ao longo destes vinte anos para o converter no que ele é hoje. O espaço está dividido num conjunto de lugares articulados, cada um com nome próprio e personalidade vincada e é habitado por espécies botânicas nativas e por variedades cultivadas introduzidas para consumo culinário ou para deleite sensorial. É habitada também por gatos e outra bicharada. |
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O sobrado | Os guardiões do jardim | ||||||||
Para aprender e melhorar a fazer as coisas, farto-me de estudar. Mas o estudo não é só leitura de livros: É colocar hipóteses, experimentar e tirar conclusões dos resultados obtidos; é também visitar outros sítios, observar e comparar; é um pretexto para outras leituras e novas experiências. Depois, é preciso cultivar, e a cultura é muito mais do que estudo, é trabalho braçal, perseverança, resiliência e encantamento. Finalmente, há que fruir os frutos do estudo e do lavor do cultivo. Daí, o utilizar. Estudar, cultivar e utilizar são os três processos do sítio do Tremontelo. Um processo é como a máquina de fazer chouriços: de um lado, mete-se o porco; do outro, sai o chouriço. Cada um destes processos tem inputs e outputs e os outputs de uns são os input dos outros. Assim, o sítio comporta-se como uma fábrica em laboração permanente. Mas não é isso mesmo a vida? Esta área dos processos está e estará, por conseguinte, em permanente actualização de modo a reflectir adequadamente o seu metabolismo. | |||||||||
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O cultivo é cultura | Sítios inspiradores | ||||||||
Finalmente o inventário das plantas angiospérmicas do sitio. As plantas angiospérmicas usam as flores para se reproduzirem sexualmente, convocando para o acto da fecundação, além do macho e da fêmea, outros parceiros como as abelhas e outros insectos. Vestem-se de cores vistosas e atractivas e exalam perfumes delicados para o ritual nupcial. Outras plantas, também vascularizadas - isto é, dotadas de uma canalização interna que lhes permite puxar água e minerais das raízes ate às copas mais elevadas, e baixar os açucares no sentido inverso - chamadas gimnospérmicas, também se reproduzem sexuadamente, mas os úteros das fêmeas estão despidos e o pólen é geralmente espalhado pelo vento. Ainda há outras plantas que se reproduzem por esporos, como os musgos que atapetam de verde os caminhos da mata. E outras, como os fungos que se espalham no subsolo, que não produzem açucares e, por isso, vivem em simbiose com a população da floresta. Todas estas plantas ainda não aparecem no inventário, intencionalmente. Falta descobrir ainda uma solução para dar conta delas. Todos as espécies e variedades que constam no inventário são descritas textualmente e por imagem. Não se pode pretender que o conteúdo dessas descrições tenha validade ou rigor científico. Sou um diletante nestas matérias e a minha primeira fonte de informação é a Wikipédia, que, geralmente, não é citada. Outras fontes são referenciadas, específica ou genericamente. As fotografias são tiradas por mim sem pretensões tecnicistas ou veleidades esteticizantes. |
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uma cistácea nativa | uma malvácea nativa | ||||||||
Por falar em fotografia: sendo as visitas a jardins uma parte substancial do processo de formação de conhecimento, considerei que a melhor forma de a divulgar seria apresentar as fotografias tiradas por mim in loco. Os textos são apenas para dar enquadramento e a informação exacta e útil consiste nas referências para os respectivos sites online. | |||||||||
O Sítio do Tremontelo está cheio de vida. Ou, como teria dito Tales de Mileto, Πάντα πλήρη θεών είναι . |
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Maio de 2025
Interrompi o Sítio do Tremontelo no primeiro de Abril de 2023 após um grande cansaço em escrever. Escrever é um ímpeto que vem do interior de nós e não se destina a mandar mensagens, nem ao universo, nem a ninguém em particular. É uma necessidade fisiológica que, portanto, pode ser vencida pelo fastio. Regresso, passado este tempo, após um longo período de abstinência. Só para desabafar, para dizer o que vai na alma, para dar voz a um contínuo solilóquio que me atormenta.
Tomei as seguintes decisões:
- Recomeçar o blogue exclusivamente para publicar postais.
- Reunir os postais antigos e arrumá-los neste arquivo pela ordem cronológica da sua criação.
- Manter o portal com ilustração do Sítio do Tremontelo e informação actualizada sobre a vida em todas as suas formas, continuando a dar o destaque às plantas angiospérmicas.